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Vamos falar um pouco da nossa Língua Portuguesa?

Uma dúvida muito frequente que incomoda principalmente os alunos, em qualquer estágio de aprendizagem, será nosso tema hoje.

Imagine uma situação em sala de aula, em que o professor pede para que seja feita uma resenha de um livro. Então, alguém pergunta: “Resenha é a mesma coisa que resumo?”e todos se espantam quando o professor avisa que são coisas completamente distintas. Começa aquela correria para saber o que o professor está pedindo ao certo… mas fica difícil saber o que ele quer!

 

Você se identifica com esse tipo de situação? Se a resposta for sim, preste atenção nas nossas dicas para diferenciar resumo, resenha, síntese e sinopse.

Vamos começar pelo resumo.

O resumo é a exposição abreviada de uma sucessão de acontecimentos, das características gerais de alguma coisa, tendente a favorecer a sua visão global. Aqui, não se pode opinar sobre o texto. Nada de comentários do tipo “gostei!”, “é de agradável leitura!”. Seja objetiva e breve.

Resumir ou contrair um texto obedece a certas regras. Um esquema aceitável seria:

1. Segmentação – selecionar as frases, expressões ou palavras mais importantes do texto, isto é, aquelas que contêm as ideias significativas sem as quais o texto seria ilegível;

2. Agrupamento – analisar os segmentos de significado e agrupá-los por conjuntos que possuam uma lógica semântica entre si;

3. Hierarquização  – fazer um plano esquemático com os segmentos de significado, hierarquizando-os e distinguindo as partes em que o texto eventualmente se divide.

E a sinopse?

As únicas diferenças entre resumo e sinopse dizem respeito ao local de ocorrência e à pessoa que os redige: o resumo aparece em publicação à parte e é redigido por outra pessoa que não o autor do trabalho resumido; a sinopse é uma visão de conjunto redigida pelo autor, ou por um redator da revista ou livro periódico onde sai o trabalho, e é geralmente posta entre o título e o texto.

Síntese.. outro parente próximo!

A principal diferença entre a síntese e o resumo, do ponto de vista narrativo, é a de a primeira não se compor de elementos e o segundo ser uma composição de elementos-chave. O resumo tende também a ser mais longo, em relação ao texto original, do que a síntese, que deve limitar-se estritamente ao essencial e insubstituível. Um resumo pode ser inclusive uma composição de sínteses.

E agora, a mais famosa no meio acadêmico: a resenha.

Diferencia-se dos demais por ser  um resumo crítico que obriga a apresentar juízos e comentários pessoais a par da descrição objetiva do texto recenseado. Ou seja, na resenha, o autor tem liberdade para opinar e argumentar, expondo seu ponto de vista sobre o conteúdo resenhado. Argumentativo, este tipo de texto permite que o autor evidencie outros conhecimentos que possa ter acerca do tema principal.

Espero ter facilitado a compreensão sobre esses textos, dos quais ouvimos os nomes com frequência, mas acabamos confundindo com facilidade. Já deu pra ter certeza de que aquela ideia de que “é tudo igual” não serve para os nossos textos!

Fica então, mais uma dica de Língua Portuguesa para você, super secretária executiva!

Professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, especialista em Língua Portuguesa e Literaturas pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória - PR. Mestre em Estudos de Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina.





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