Você já teve aquela sensação de que o seu salário nunca é o suficiente para dar conta do seu mês? Parece que pagar as contas e ainda poupar um dinheirinho no final do mês é quase impossível?

Pesquisas mostram que cerca de 30% da população tem renda mensal de até 3 salários mínimos (o equivalente a cerca de R$1500,00 por mês). Ainda, 22% da população recebe de um a dois salários mínimos, e 8% embolsam de dois a três salários. Isto quer dizer que mais da metade da população brasileira deve se programar para viver com esse valor. Para quem se encaixa nestas estatísticas, planejamento e disciplina são uma necessidade. Se você conseguir administrar bem esse dinheiro, mantendo os pés no chão, vai conseguir identificar seus limites de consumo – e disso depende a vida útil de seu salário.

É claro que há a necessidade de adaptar seu padrão de vida à sua realidade financeira, e aqui vale a máxima  “não gaste mais do que ganha.” Quanto menor o salário, mais minucioso deve ser o seu planejamento. É preciso viver bem, mas sem esquecer dos padrões que a sua renda pode proporcionar sem endividá-lo.

Algumas atitudes podem facilitar seu planejamento financeiro:

– Contabilize tudo: É importante, desde o começo do mês, somar todas as suas despesas fixas e priorizá-las (aluguel, contas de água e luz, parcelas de financiamentos, prestações), pois os juros decorrentes de atraso são altos e desnecessários, e ainda, podem comprometer seu salário do mês seguinte, pois aumentarão as despesas fixas. Através desta contabilização, você vai poder identificar o valor que estará disponível e estabelecer uma meta de quanto poderá gastar e de quanto deverá poupar. Economistas afirmam que o ideal seria poupar 10% do seu salário, mas este valor só você conseguirá estabelecer, levando em conta suas despesas.

Não sobrou quase nada. O que eu faço? – Pequenos valores não devem ser ignorados. Nossa primeira ação ao verificar que sobrou pouco dinheiro é gastá-lo, pois a impressão é de que não fará  a mínima diferença no orçamento. Engana-se quem pensa assim. Já ouviu o ditado “de grão em grão a galinha enche o papo?” Pequenos valores podem ajudá-la a pagar as contas e conquistar objetivos a médio e a longo prazo. Por isso, não deixe de guardar o que sobrou. O ideal é fazer uma poupança, pois os juros, por menores que sejam, sempre fazem a diferença. Faça previsões para se animar: se você guardar, por exemplo, R$30,00 por mês, durante um ano terá economizado R$360,00, valor bem significativo. Portanto, não despreze pequenos valores.

– Casadas e solteiras: Quem é casado (a) deve fugir do pagamento à prazo. Com um salário curto, além de manter um orçamento bem organizado, é preciso levar em conta os imprevistos.  Porém, há a vantagem de unir as rendas e conseguir poupar um pouco mais, mantendo um padrão de vida mais elevado. Uma leitura interessante que traz muitas dicas de como poupar e viver bem estando casado é o best-seller “Casais inteligentes enriquecem juntos”. O livro traz dicas, histórias de casais que encararam problemas financeiros, situações-problema que podem surgir no seu caminho. Não deixe de ler e adotar algumas das ótimas ideias apresentadas. Veja neste artigo da VEJA um trecho do livro.

Se for solteiro (a), aproveite para fazer uma reserva financeira. Poupe o que puder, e invista essa renda extra em um curso, uma viagem, um sonho. Viva bem, divirta-se, mas não esqueça de garantir o seu futuro. Quem mora com os pais e não tem nenhuma despesa com moradia tem obrigação de poupar, pois vão encarar uma empeitada futura, terá despesas novas e é bom estar preparado financeiramente.

– Dispense o cartão de crédito: Quem tem um salário curto deve dispensar o cartão de crédito, principalmente se tiver consciência de que não consegue se controlar diante de uma boa oferta. O cartão de crédito faz com que criemos um dinheiro que não existe, pois acabamos gastando sem pensar no possível comprometimento do salário. Segundo economistas, é possível economizar até 20% do salário quando dispensamos o cartão de crédito. Por isso, sempre que possível, utilize dinheiro vivo e compre à vista.

– Tenha rigor nos gastos: As despesas com moradia não podem ultrapassar 30% de sua renda, ou seja, quem ganha até R$1500,00 não deve pagar um aluguel de mais de R$450,00. Não se deixe levar pela empolgação e procure reduzir suas despesas ao máximo. O resultado valerá a pena.

Já foi o tempo em que finanças era um assunto exclusivamente masculino. Hoje, as mulheres têm participação ativa no mercado financeiro e, portanto, obrigação de saber o quê e em quê estão gastando. Sempre que possível, leia sobre o assunto, pois costumamos nos animar a poupar e criar novas fontes de renda quando temos um contato mais frequente com o tema.

Adote as dicas e viva cada vez melhor, super secretária executiva. Afinal, você é também uma super mulher, e não somos só estética, mas sim informação. Lembre-se: conteúdo e inteligência também são charme.

Professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, especialista em Língua Portuguesa e Literaturas pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória - PR. Mestre em Estudos de Tradução pela Universidade Federal de Santa Catarina.





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